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Rio Congonhas e a Cornélio Procópio

  • Foto do escritor: Vitor Miranda
    Vitor Miranda
  • 19 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

A palavra Congõi (Congonhas) é de origem Tupi-guarani, COA=mato; NHONHA=sumido.


Foi batizado assim pelos sertanistas Joaquim Francisco Lopes e John Henry Elliot por haver muita erva-mate - chamada pelos paulistas de "congonha" - em sua nascente.

O Rio Congonhas é um curso d'água que banha o estado do Paraná. Nasce num grotão no município de Congonhinhas e deságua no Rio Tibagi. Dentre outras cidades passa por Uraí - onde faz parte do ditado popular "quem bebe água do Rio Congonhas nunca se esquece de Uraí” - e Cornélio Procópio onde eu tive o prazer de fotografá-lo.

Podemos dizer que o nascimento da cidade procopense começa no Rio Congonhas.


No século XIX foi estabelecida a posse do Rio Congonhas pelo Barão de Antonina. Herdeiros do Barão venderam a posse ainda no final daquele século dando origem a Fazenda de Congonhas que posteriormente foi loteada com o nome de Gleba Congonhas. Os limites dessas terras eram as margens do Congonhas. O preço das terras eram baixos e atrativos. Fazendeiros e investidores mineiros e paulistas compravam, mas não a possuíam. Faltavam estradas e meios de transporte.


Até que planejaram a construção da Ferrovia São Paulo Paraná saindo de Ourinhos e chegando em Assunção no Paraguai. Logo ligava Ourinhos à fazenda da Companhia Agrícola Barboza na região de Cambará. Em 1924 Antonio Barboza Ferraz e seus sócios vendem os direitos da linha férrea para investidores britânicos liderados por Lord Lovat.


Colonização inglesa do Norte do Paraná. Ferrovia. Investimento imobiliário. Compras de terra. Loteamento. Vendas dos lotes. O trem abrindo caminho para a urbanização. Londrina e Maringá. Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP). Propaganda do progresso e da riqueza na região. O Norte Pioneiro Paranaense!


Anos e anos depois o mato sumiu na maior parte do Norte Pioneiro. Me perdi em Ourinhos. Atravessei algumas cidades e cheguei a Cornélio Procópio ultrapassando um trilho de trem. A casa amarela na esquina de meu futuro amigo Eduardo Lopes Touché. Me hospedei num hotel e fui ao Centro Cultural assistir o festival de cinema no qual participei com o curta-metragem "Cartas" onde conheci o futuro amigo Ton Joslin. Juntos, nós três, gravamos um documentário no bairro Pedregulho onde eles me levaram pra conhecer o Rio Congonhas. Paramos o carro numa estrada de terra e atravessamos uma floresta de mosquitos dentro da mata até chegar a beira do Congonhas onde dois pescadores esperançavam que o peixe mordesse a isca.



 
 
 

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