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Rio Juquehy em São Sebastião

  • Foto do escritor: Vitor Miranda
    Vitor Miranda
  • 6 de mai. de 2018
  • 4 min de leitura

Juqueí em tupi-guarani significa literalmente: ¨o rio do corvo¨ ( juque + í )

As histórias de muitos rios são de difícil acesso. Muitas vezes não encontramos nada relacionado aos povos indígenas que possivelmente povoavam a região.


No caso de Juquehy encontrei no site do SAMJU a história do local que começa quando o Imperador da época doa terras ao Capitão Manoel Joaquim da Ressurreição, que provavelmente não fez uso delas. Essa terras foram adquiridas por uma mulher conhecida como Mãe Bernarda e seu primeiro inventário data 1877. Nessa época, parece que as compras dos terrenos eram realizados em nome das mulheres, pois Mãe Bernarda e seu marido vendem parte das terras para Maria Caetana, mulher de Izidoro Francisco Xavier. Esses casal tiveram alguns filhos. Entre eles Izidoro Claudio.


Nesta época, Benedito Bernarda decidiu fazer uma doação por escrito de uma área de 25 metros de frente para o mar por 50 metros de fundos (incluindo área da marinha), totalizando 1.250 metros quadrados, onde havia o Rancho de pescar tainha, tendo ao lado duas árvores denominadas Chapéu de Sol, que se encontram hoje dentro da área da casa construída por Isabel Maria Cerello Chacra. Os documentos de doação datam 5 de abril de 1940.


Festas de São João eram realizadas na Casa Grande da Mãe Bernarda que, depois, passou a ser de Chiquinha; segunda mulher de Izidoro Claudio. As festas de Nossa Senhora Imaculada Conceição realizavam-se na casa de Seu Noé, que era o curador da época. Com o decorrer dos anos, houve a mudança destas festas para a casa da família Mario Cerello, sucessor da área a partir de 1963.


As festas passaram a ser realizadas na capela que fora construída em 1940.


No período de 1974 a 1976, Maurício Faustino foi coordenador da igreja, tendo o cuidado de levantar a área em uma planta encaminhada ao prefeito de São Sebastião Sr. Mansueto Pierotte para cadastramento.


Em 1950, a igreja que tinha sido construída medindo 6×8 metros, coberta de telha inglesa e cercada de pau a pique, barreada e rebocada, passou pela primeira reforma. Depois de um tempo, foi feita uma segunda reforma, com planta aprovada na prefeitura de São Sebastião, em setembro de 1978.


A praia está situada na bioma da Mata Atlântica, entre as montanhas do Parque Estadual da Serra do Mar e o Oceano Atlântico.


A foz do Rio Juquehy se dá no mar que banha a praia, no lado esquerdo.

"Invasões e esgoto são vilões em Juqueí" manchete da reportagem da Folha de S.Paulo do dia 24/11/2013. "O bucólico rio homônimo é uma das principais fontes de contaminação da praia". "As ocupações irregulares que aumentam a cada mês do outro lado da estrada, em direção a serra do Mar, são a grande preocupação da prefeitura". "Em vários locais é visível que as foças vazam em direção ao rio".


"Eles só ligam o esgoto em hotéis e casas de luxo. O caiçara não tem esse privilégio. A casa do meu pai não tem água nem esgoto." afirma Amanda Lea, moradora de Juquehy, que completa dizendo que "algumas pessoas chegaram a ligar seus encanamentos à rede, mas o esgoto começou a vazar na rua".


"Por causa do cheiro, alguns moradores voltaram a jogar o dejeto de suas fossas direto no rio, que, quando chove, chega com força ao mar."


Em 2013 apenas 46% dacidade de São Sebastião estava coberta pela rede oficial de saneamento.


"Mas acabamos de inaugurar o sistema Baleia/Sahy, que deverá ajudar bastante na melhoria da balneabilidade" afirma Eduardo Hipólito, Secretário de Meio Ambiente de São Sebastião na época. Segundo a Sabesp a cidade recebeu entre 2012 e 2013, obras no valor de R$ 180 milhões, apenas para coleta e tratamento de esgoto.


Moradores locais reclamam que turistas vão embora e deixam a praia suja.


Em 07/12/2015 (as reportagens são sempre próximas às férias de verão) o Radar Litoral fez a reportagem "Moradores de Juquehy fazem mutirão para limpeza de rio". No caso o mutirão ajudou na limpeza do rio João Rita, situado na costa do município e que deságua no Juquehy. Foram encontrados no João Rita sacos plásticos, latas, garrafas pet, cadeiras, embalagens de doces e salgados, etc. que diferentemente dos dejetos que são jogados diretamente, possivelmente foram desovados em lugares desapropriados e levados pelo vento ou chuva até o rio. Também foram encontrados objetos inimagináveis como diz o morador Anderson Carvalho da Mota: "A variedade de lixo me chamou muito a atenção, mas o motor de geladeira foi uma surpresa".


Andando pela beira do rio procurando um belo ângulo pra fotografá-lo e pensando num melhor momento pra luz, subi e atravessei a ponte de madeira.

Do outro lado conheci Caio, rapaz que aluga e guia passeios de canoa havaiana até as ilhas.

Falei pra ele que estava mais interessado no rio do que nas ilhas. Ele disse que não dava pra subir muito, mas ele me levou até onde dava. Me mostrou um muro de um condomínio, construído provavelmente, de maneira irregular na beira do rio. Depois ajudei ele a estacionar a canoa na praia para a remada da lua cheia que ele iria realizar a noite com um grupo. Na manhã seguinte voltei no momento que o sol nascia por detrás das montanhas pra fotografar o rio e ainda pude fotografá-lo no rio levando a canoa pro mar.


 
 
 

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